sexta-feira, outubro 31, 2003
Sto.Agostinho
Caro Vizinho,
Muito obrigado pela indicação que me deu. Vai dar para leitura de fim de semana. Acontece precisamente que eu ando sem saber bem o que hei-de pensar sobre o Sto.Agostinho nem o que deverei dizer dele. Se é verdade que ele é um dos pilares da minha Igreja, que ainda hoje vai lá beber grande parte do seu Catecismo, o facto é que não gosto excessivamente da personagem. Acho-o demasiado assertivo para não dizer arrogante.
Falta-lhe aquele "milk of human kindness". Trouxe do maniqueísmo, com as sua enorme ênfase na distinção entre o corpo e o espírito, uma moral sexual árida e estrita. Penso que foi ele que deu a conotação sexual ao conceito do Pecado Original, que a mim me parece ter um significado muito mais profundo - o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal é o querermos ser como que deuses e não filhos de Deus, é querermos não precisar de Deus. Em suma, acho eu que este grande homem teve a ousadia de querer ser o Grande Podador e Enxertador da árvore da nossa Fé. Por outro lado admiro-o, e muito, como inteligência, como força de vontade, como acção pura. Mais do que tudo, admiro a profundidade e a força da sua fé.
Não tenho pois uma posição clara até porque, tenho de o reconhecer, ainda não tive ainda coragem
para ler os seus livros excepto alguns trechos. Aquilo que li foi sobre ele e não dele. Vou pois ler aquilo que me enviou antes de postar mais a sério sobre alguém com o gabarito e a densidade de Agostinho de Hipona.
Um abraço amigo.
Muito obrigado pela indicação que me deu. Vai dar para leitura de fim de semana. Acontece precisamente que eu ando sem saber bem o que hei-de pensar sobre o Sto.Agostinho nem o que deverei dizer dele. Se é verdade que ele é um dos pilares da minha Igreja, que ainda hoje vai lá beber grande parte do seu Catecismo, o facto é que não gosto excessivamente da personagem. Acho-o demasiado assertivo para não dizer arrogante.
Falta-lhe aquele "milk of human kindness". Trouxe do maniqueísmo, com as sua enorme ênfase na distinção entre o corpo e o espírito, uma moral sexual árida e estrita. Penso que foi ele que deu a conotação sexual ao conceito do Pecado Original, que a mim me parece ter um significado muito mais profundo - o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal é o querermos ser como que deuses e não filhos de Deus, é querermos não precisar de Deus. Em suma, acho eu que este grande homem teve a ousadia de querer ser o Grande Podador e Enxertador da árvore da nossa Fé. Por outro lado admiro-o, e muito, como inteligência, como força de vontade, como acção pura. Mais do que tudo, admiro a profundidade e a força da sua fé.
Não tenho pois uma posição clara até porque, tenho de o reconhecer, ainda não tive ainda coragem
para ler os seus livros excepto alguns trechos. Aquilo que li foi sobre ele e não dele. Vou pois ler aquilo que me enviou antes de postar mais a sério sobre alguém com o gabarito e a densidade de Agostinho de Hipona.
Um abraço amigo.