terça-feira, março 23, 2004
O eu errante
Durante os dias eu erro.
Erro por entre os corredores
e a actividade dum armazém,
distraindo a minha angústia.
Erro sempre que decido
sem acreditar.
Erro quando procuro
aquilo que pode ser encontrado
mas não procurado.
Erro em busca de paz.
Erro quando penso tê-la encontrado.
Erro em redor duma saída.
Erro porque é apenas uma recaída.
Erro como aquele judeu
que até ao fim, até à cruz,
negou o Cristo crucificado
e que, por ter errado,
foi condenado
a ser errante,
para sempre.
E novamente rezo, como os de Missnanga:
Meu Deus e meu Pai,
Livra-nos do medo,
livra-nos da frustração,
deixa-nos chegar ao nosso destino.
Erro por entre os corredores
e a actividade dum armazém,
distraindo a minha angústia.
Erro sempre que decido
sem acreditar.
Erro quando procuro
aquilo que pode ser encontrado
mas não procurado.
Erro em busca de paz.
Erro quando penso tê-la encontrado.
Erro em redor duma saída.
Erro porque é apenas uma recaída.
Erro como aquele judeu
que até ao fim, até à cruz,
negou o Cristo crucificado
e que, por ter errado,
foi condenado
a ser errante,
para sempre.
E novamente rezo, como os de Missnanga:
Meu Deus e meu Pai,
Livra-nos do medo,
livra-nos da frustração,
deixa-nos chegar ao nosso destino.