quinta-feira, maio 20, 2004
Compreender o Islão - o Sufismo
No 2º post de todo este blogue, escrevi uma coisa que faz parte do essencial da minha atitude religiosa: "A negação da Verdade das outras religiões prejudica objectivamente a afirmação da Verdade da nossa. A mútua exclusão e anatemização entre Religiões é fonte, talvez a maior, do ateísmo! A assunção profunda da Verdade da nossa religião obriga-nos a aceitar e respeitar a Verdade das outras religiões. O Ecumenismo não deve pois ser um esforço de tolerância: é um imperativo racional e teológico!".
É sobretudo por isso que tenho vindo observar com enorme preocupação a estranha, irreligiosa e niilista deriva do Islão pelos caminhos do fundamentalismo wahabita e salafita, iniciada há cerca de 2 séculos mas com uma súbita aceleração nos últimos anos. Foi para tentar compreender um pouco melhor este fenómeno que desde há 2 ou 3 anos para cá tenho lido um bocado sobre o Islão que hoje nos parece tão estranho e terrível.
Dessas leituras, muitas vezes difíceis, resulta uma impressão ainda geral e imprecisa de que tem vindo a ocorrer uma profunda distorção da Mensagem original do Islão, ainda que esta apresente para mim, como penso que será natural, muitas zonas obscuras. Contudo, do meio daquilo tudo, surgiu-me um elemento do Islão, que remonta às suas origens, que esteve sempre profundamente ligado à tradição islâmica e que me aparece como um corpo de Fé que tranquiliza no sentido que tem numerosos pontos em comum com a religião Cristã e com outras religiões no que respeita ao seu ethos fundamental: o amor de Deus e a Deus, o próximo como corpo de Deus, a paz em nós e com o outro como dádiva de Deus. Estou a falar do Sufismo, a componente mística do Islão. Qualquer diálogo inter-religioso com o Islão não pode ignorá-lo pois é nele que se podem encontrar os melhores pontos de contacto: a proclamação da evidência de Deus, a procura da Unidade de Deus e a religião do amor.
Dentro dos místicos e teólogos sufis sobressai a figura luminosa do persa do sec.XII Rumi(Jalal al-Din Muhammad Rumi).
Dele li recentemente uma espécie de conto que vou trancrever em post seguinte. O que lá se conta não pode ser mais belo nem mais universal nem mais actual.
À luz deste conto muitas reflexões podem ser feitas por cristãos, católicos e não católicos. Sobre Fátima, por exemplo. Mas vamos lá então ler o conto.
É sobretudo por isso que tenho vindo observar com enorme preocupação a estranha, irreligiosa e niilista deriva do Islão pelos caminhos do fundamentalismo wahabita e salafita, iniciada há cerca de 2 séculos mas com uma súbita aceleração nos últimos anos. Foi para tentar compreender um pouco melhor este fenómeno que desde há 2 ou 3 anos para cá tenho lido um bocado sobre o Islão que hoje nos parece tão estranho e terrível.
Dessas leituras, muitas vezes difíceis, resulta uma impressão ainda geral e imprecisa de que tem vindo a ocorrer uma profunda distorção da Mensagem original do Islão, ainda que esta apresente para mim, como penso que será natural, muitas zonas obscuras. Contudo, do meio daquilo tudo, surgiu-me um elemento do Islão, que remonta às suas origens, que esteve sempre profundamente ligado à tradição islâmica e que me aparece como um corpo de Fé que tranquiliza no sentido que tem numerosos pontos em comum com a religião Cristã e com outras religiões no que respeita ao seu ethos fundamental: o amor de Deus e a Deus, o próximo como corpo de Deus, a paz em nós e com o outro como dádiva de Deus. Estou a falar do Sufismo, a componente mística do Islão. Qualquer diálogo inter-religioso com o Islão não pode ignorá-lo pois é nele que se podem encontrar os melhores pontos de contacto: a proclamação da evidência de Deus, a procura da Unidade de Deus e a religião do amor.
Dentro dos místicos e teólogos sufis sobressai a figura luminosa do persa do sec.XII Rumi(Jalal al-Din Muhammad Rumi).
Dele li recentemente uma espécie de conto que vou trancrever em post seguinte. O que lá se conta não pode ser mais belo nem mais universal nem mais actual.
À luz deste conto muitas reflexões podem ser feitas por cristãos, católicos e não católicos. Sobre Fátima, por exemplo. Mas vamos lá então ler o conto.