segunda-feira, novembro 28, 2005
post que eu devia ter feito na 6ªfeira mas não fiz
Tu que dizem seres o Deus dos exércitos, Tu que disseste seres Aquele que és, Tu que disseste ser Jesus o Teu fiho muito amado, Tu que não afastaste dele o Teu cálice, o cálice que foi e será o de todos nós, Tu que rasgaste o véu do Templo onde Te queriam guardar, Tu que encontrei ontem às cinco em ponto da tarde e me pareceu que me falaste pela voz daquele infeliz, mostrando-me o que posso também eu vir a ser, Tu que me acordaste depois, na Tua casa, e me disseste para avançar, como sempre faço, Tu disseste-me também que mais não farás por mim do que ajudar-me a aceitar a Tua vontade. Só aceitando-a, posso compreendê-la. Só comprendendo-a, pode ela tornar-se também minha. Só assim, aconteça o que acontecer, ficarei contigo e Tu ficarás em mim.
Pois isso me basta e isso Te agradeço. Continuo pois.
Pois isso me basta e isso Te agradeço. Continuo pois.
quarta-feira, novembro 16, 2005
(...)
Nós os perplexos procuramos, sim, o rosto de Deus. Procuramos a Sua voz, procuramos ser o riso da Sua alegria, procuramos discernir o Amor na Sua vontade, sem a temer. Procuramos centelhas da Sua Luz em nós e nos outros e que ela nos indique o caminho.
Procuramo-Lo nos corvos de Van Gogh, no campo de trigo, antes da tempestade. E ei-Lo desolado, por ser Pai e ter perdido mais um filho. Ei-Lo escutando os cânticos que os homens entoam, procurando retribuição do Seu amor. É Ele que nos pega ao colo no deserto e é Ele que nos oferece a passagem.
É Ele o Espírito que desce do Céu mas que já estava em nós. É Ele que se deixa ver pelo puros, que perdoa os que perdoam, que eleva os humilhados. É Ele que nos converte e não nós que o fazemos.
Abrimos os olhos mas, perplexos, não O vemos quando O queremos ver. Caminhamos por precipícios, ardemos em fogos destruidores e fitamos zangados o Céu e, de repente, vêmo-Lo chorando a nossa agonia que virá, apesar de só esta poder ser o nosso caminho de regresso a Ele.